Quando devo fazer uma cirurgia para epilepsia? A NeuroDOC responde!

Tempo de leitura: 4 Minutos

Existem alguns tipos de cirurgias indicadas para controle das convulsões e até mesmo curar a doença.

Estima-se que entre 1 e 1,5% da população tenha epilepsia ativa. Dessas, quase 70% não recebe, o diagnóstico e tratamento adequados. Na busca por uma solução às crises, muita dessas pessoas podem se deparar com a informação de que uma das opções é a cirurgia. Então, muitos se perguntam: quando devo fazer a cirurgia de epilepsia?

Para responder essa questão, convidamos o neurocirurgião da NeuroDOC Dr. Diego Seabra (CRM 34.323) para explicar como é feito essa cirurgia e o momento adequado em que ela deve ser considerada. O doutor é especialista em Neurocirurgia Funcional e Tratamento da Dor, Neurooncologia e Neurocirurgia Geral.

Antes de tudo, o que é a epilepsia?

Primeiramente, precisamos entender o que é a epilepsia. Essa é uma alteração no cérebro, que durante um determinado período, ocorre um mau funcionamento do órgão devido às emissões de sinais, descargas e impulsos elétricos. O resultado são crises de convulsão que envolvem espasmos e contrações musculares do corpo. Isso não só pode causar outros problemas de saúde cognitivos, como também impacta diretamente na qualidade de vida do paciente.

A primeira opção de tratamento é medicamentoso. Através de remédios chamados de primeira linha, o paciente consegue controlar e até mesmo curar em mais de até 60% dos casos. Outros fármacos existentes são o de segunda e terceira linha, que também podem ser usados para o tratamento dessa condição. Porém, como o corpo humano é sempre uma máquina cheia de mistérios, nem todos conseguem se adaptar ou alcançar ótimos resultados através dos medicamentos. É aqui que a cirurgia entra, e que o Dr. Diego nos explica.

Os tipos de cirurgia

O Dr. Diego nos conta que existem dois grandes grupos quando falamos de cirurgias para epilepsia: as ressectivas e as de neuromodulação. A ressecção é o ato de extrair através de uma intervenção cirúrgica. “Nesse tipo de cirurgia, retiramos uma área comprometida do cérebro que está causando a crise convulsiva”, explica o neurocirurgião. Desta forma, o especialista consegue retirar a parte afetada sem causar danos às estruturas adjacentes do cérebro.
Na neuromodulação, é realizado o implante de eletrodo ou estimulador, que realiza o controle das descargas elétricas cerebrais, ocasionando melhora das crises convulsivas. Existem dois tipos principais de cirurgias de neuromodulação. A primeira é chamada de estimulação do nervo vago (VNS) e a segunda chamada de estimulação cerebral profunda (DBS).

“Quando falamos da VNS, consiste em estimular o nervo vago com eletrodos, principalmente na região cervical, associado ao implante de gerador semelhante ao marca-passo”, explica o médico. O nervo vago é responsável pelo controle das funções involuntárias do corpo, por sensações e movimentos como os batimentos cardíacos ou a respiração. Devido a importante função do nervo vago na conexão entre o corpo e nosso sistema nervoso central, seu estímulo à longo prazo pode ocasionar em controle das crises convulsivas.

Já a estimulação cerebral profunda (DBS) é uma cirurgia que envolve a parte mais interna do cérebro. “Ela consiste na colocação de um eletrodo, que nem a do nervo vago, mas na profundidade do cérebro em regiões que podem controlar as crises, como o tálamo”, explica o Dr. Diego. O tálamo é a região que envolve a retransmissão dos principais sistemas sensitivos e motores no nosso corpo.

Resultados e quando realizar a cirurgia

A dúvida que permeia nosso texto é justamente sobre quando realizar uma cirurgia como essa. O Dr. Diego explica que para efetuar o procedimento é necessária uma avaliação médica completa, com acompanhamento do neurologista e neurocirurgião, para melhor compreender a resposta clínica do paciente em relação aos tratamentos anteriores. “Essas cirurgias são indicadas quando o paciente não responde às medicações antiepilépticas, que faz com que essa pessoa não consiga controlar as crises”, explica.

As cirurgias de ressecção possuem uma média de melhora de até 90%. Muito se deve ao fato de ser a única forma em que podemos dizer que a pessoa está curada da epilepsia. “As ressectivas, por tirarmos a área que causa a crise, retiramos justamente o fator causal das crises”, conta o neurocirurgião.

No caso das cirurgias de neuromodulação, estas podem ser indicadas aos pacientes que estão em tratamento clínico que não respondem as medicações, mas que não precisam realizar a retirada da parte do cérebro. Essas cirurgias são minimamente invasivas, com pós-operatório rápido e internamento breve, com boa resposta no controle das crises a longo prazo. “Na neuromodulação, os resultados esperados se baseiam no controle da frequência e da intensidade das crises compulsivas, que pode resultar em uma melhora de até 70%”, diz o Dr. Diego.

Novamente, o recomendado não é que o paciente já parta direto para cirurgia, uma vez que em muitos casos, a doença pode ser controlada com medicações, sem a necessidade de intervenção.

Consulte-se com a NeuroDOC

Com um atendimento humanizado e especializado, a NeuroDOC oferece uma equipe completa com médicos neurologistas e neurocirurgiões que trabalham com diversas doenças, incluindo a epilepsia. “A clínica oferece uma excelente estrutura, desde a indicação cirúrgica, com acompanhamento pré e pós operatório com os melhores profissionais, além de ter contato com os melhores equipamentos disponíveis no mercado para uma avaliação clínica de qualidade e melhor bem-estar ao paciente”, reforça o Dr. Diego.

A NeuroDOC atua de forma integrada com os pacientes em um moderno espaço localizado no Batel. Agende sua avaliação e tenha acesso ao melhor cuidado neurológico que seu cérebro merece! Fale conosco pelo telefone +55 (41) 99234-2502.

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